A cirurgia micrográfica de MOHS é uma técnica precisa, especializada e altamente efetiva para remoção de câncer de pele.
Durante a cirurgia de MOHS, finas fatias de pele contendo câncer são removidas até apenas pele livre de câncer estar presente.
O objetivo da técnica é remover o câncer totalmente, enquanto causa o mínimo dano ao tecido subjacente sadio.
O procedimento foi desenvolvido na década de 30 pelo Dr. Frederic Mohs nos Estados Unidos, sendo aperfeiçoado progressivamente e, hoje, tornou-se o método mais efetivo para tratamento do câncer de pele. Atualmente essa técnica é a mais realizada nos Estados Unidos, Canadá, Austrália e vários países da Europa.
A cirurgia de MOHS diferencia-se dos outros tratamentos para câncer de pele, pois permite a análise microscópica imediata e completa do tumor removido, de modo que todas as extensões e "raízes" da lesão possam ser completamente eliminadas.
Durante a Cirurgia de MOHS, 100% das margens cirúrgicas profundas e laterais são analisadas, evitando a retirada de pele sã não afetada pelo tumor. A margem de segurança é mínima, pois toda a extensão do tumor é analisada. Já na cirurgia convencional, a análise das margens é em média 1% com maiores chances de falsa margem negativa.
Deve-se frisar que a cirurgia com controle de margens por congelação não é igual a cirurgia micrográfica, pois não analisa as margens em sua totalidade. As principais indicações são carcinomas basocelulares e carcinomas espinocelulares.
Beneficiam-se com a cirurgia de MOHS:
1. Tumores com características histológicas agressivas como subtipo micronodular, esclerodermiforme, e infiltrativo no carcinoma basocelular. Tumores pouco diferenciados e com acometimento perineural no carcinoma espinocelular;
2. Tumores excisados, porém, com margens comprometidas;
3. Tumores em localizações especiais como nariz, orelhas, áreas ao redor dos olhos e boca, dedos e genitais;
4. Tumores onde a delimitação é imprecisa.